Pois, não fuja disso. Não estou a trata de arcar com a culpa, trata-se de assumir o controlo.
Não estou a dizer para nos “flagelarmos” pelo que correu mal ou pelo que aconteceu antes. Refiro-me a avançarmos para o conhecimento afável e sereno, de uma verdade simples: não somos as Vítimas.
O que está a suceder nas nossas Vidas e por todo o Mundo neste momento é positivo, mas pode ser desperdiçado se não conseguirmos ver os benefícios; se insistirmos nas vítimas que NÃO SOMOS; Se declararmos com certeza que tudo isto nos está a acontecer a nós e não através de nós.
Por isso…
A primeira crença a mudar é a crença de que somos “espetadores”.
Esta palavra transmite na perfeição a ideia que muitos têm de que estamos completamente indefesos, somos desgraçados e casos perdidos, forçados a sofrer em silêncio e a tremer de medo perante o que está a acontecer e o que há-de vir.
Trata se de um pensamento errado, incorrecto.
É, sobretudo, um pensamento disfuncional.
Leva nos, literalmente, a disfuncionalidades.
Por conseguinte, livremo nos deste pensamento. Feito isso, centremos a nossa atenção numa tomada de consciência de extrema importância.
Que esta Conversa nos Ajude.
Reconhecer o Nosso Papel no Esquema Geral
Basta olhar em redor para percebermos, com alguma facilidade, como tudo vai de mal a pior neste mundo. Mas, agora, uma pergunta:
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PORQUE
NINGUÉM
QUESTIONA
O PORQUÊ?
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Esta não é uma das Sete Perguntas Básicas de que falei. É uma pergunta que existe por si, isolada.
Antecede e cria o contexto para as Sete Perguntas Básicas.
As pessoas que fazem a pergunta acima não são suficientes e são ainda menos aquelas que respondem.
Vou fazer as duas coisas. Faz parte da primeira crença que temos de Mudar.
Deixarei de ser expectador.
Numa artigo que escrevi na Primavera de 2011, falei de algo que quero partilhar aqui:
– Os acontecimentos na Terra não são gerados por forças Invisiveis. Não estamos sujeitos aos caprichos dos deuses ou, como diria William Shakespeare, a sofrer “pedras e setas com a Fortuna, enfurecida, nos alveja”.
Mesmo no caso de acontecimentos geofisicos, não estamos completamente à mercê dos elementos da Natureza. Pode parecer que estamos mas não é verdade.
Pensemos nos terramotos, por exemplo. São reais, fazem se sentir e são algo que estamos, de certo modo a Criar.
Consideremos os furações, os tornados, os tufões, os maremotos e os tsunamis. Estão todos a ocorrer e são algo que estamos, de certo modo a criar.
Ou, já agora, pensemos na incrível e rápida disseminação de doenças bacterianas pelo mundo inteiro. Também isto é algo que estamos, de certo modo a criar.
Como é óbvio, não temos a minima intenção de admitir nada disto.
Os membros do “sistema estabelecido” da Humanidade, pelo menos, não têm.
Dando um horroroso exemplo de como não se exerce Liderança, na primavera de 2011, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos somou 240 votos a favor e 184 contra para a anulação de uma resolução que afirmava, tão-só, que as “alterações climáticas são causadas, em grande parte, pelas ações humanas e representam um risco significativo para a saúde pública e bem-estar”.
Imaginem só.
Ora bem, estaremos “nós, as pessoas” a criar tais acontecimentos conscientemente?
Claro que não. Todavia, podemos estar a criá-los inconscientemente?
Sem dúvida. Pelos nossos comportamentos inconscientes (ou seja, de forma irreflectida ou pelas nossas limitações).
Aqui está a pedir muito. Não conheço ninguém que pense em provocar um terramoto – nem o conseguiria fazer, mesmo que quisesse. Além disso, não há qualquer prova de que o aquecimento global seja “causado, em grande parte, pelas ações humanas”.
Será que concorda com isto – que os seres humanos não são mais do que observadores passivos no desenrolar da Vida?
Depende daquilo a que se refere. Se está a referir se a tornados ou coisas dessas….
Pois bem, deixe que lhe pergunte o seguinte:
– Quantos mais testes subterrâneos de armas nucleares acha que podemos levar a cabo antes que as gigantescas explosões que produzimos libertem ou desloquem as placas que formam os alicerces subterrâneos , dando origem a terramotos?
Quanto mais carbono poderemos nós emitir antes de sobrecarregar se o mecanismo natural de estufa da terra, causando um aquecimento significativo do planeta de tal forma que as temperaturas mais elevadas das grandes massas aquáticas criem condições geotérmicas que gerem as violentas variações designadas por furacões e tornados?
Permita me que lhe cite dois parágrafos da edição de Abril de 2011 da revista Scientific American:
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“Ao longo de mais de 50 anos, os microbiólogos alertaram para o facto de se usarem antibióticos na engorda de animais. Argumentam que essa prática ameaçava a saúde dos humanos, transformando as quintas em terrenos de criação de bactéria resistentes aos antibióticos.”
” Os Criadores de gado retorquiram que a restrição de antibióticos no gado teria um efeito devastador na industria e aumentaria significativamente os custos para os condumidores.
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Alguém me explica como tal poderia acontecer em simultâneo?
Então se os preços aumentassem significativamente (não acha que quem consome carne pagaria um pouco mais para viver muito mais?), como poderia industria ficar arrasada?
Da mesma forma que a industria do petróleo ficou arruinada quando o preço dos combustiveis subiu 30%
Apesar da falha na lógica…. quem julga que saiu vencedor desse debate? (basta seguir o rasto do dinheiro)
Basta seguir o rasto do dinheiro
Agora Vêm As Boas Noticias
É óbvio que estou plenamente consciente de que existem aqueles que negam que as ações humanas tenham algo a ver com o que foi dito, mas quero aqui declarar (em uníssono com a avassaladora maioria dos cientistas geofísicos e investigadores de todo o mundo) que os acontecimentos estão efetivamente interligados, que vivemos num mundo em que uma coisa leva definitiva e invariavelmente a outra, e que a Humanidade está imune à relação causa-efeito como qualquer outro elemento que faça parte da Vida.
De forma simples, no mínimo, fazemos parte do problema.
Se não fizermos parte, nada mais poderemos fazer do que suportá-lo.
Se fizermos parte do problema (e tivermos a capacidade de o admitir), não estaremos completamente à mercê de Forças Invisíveis.
E isto aplica se às ocorrências físicas em parceria com as ações humanas. Já no que respeita às revoltas geopolíticas da Humanidade, somos a causa absoluta.
Mais ou menos. É verdade que as catástrofes políticas não são provocadas pela natureza, mas resultam da Natureza humana. Fator igualmente incontrolável.
Será verdade? Os seres humanos “são como são”, com determinadas propensões tão “inculcadas” que nada podem fazer em relação à sua natureza mais violenta, competitiva e orientada em prol da sobrevivência?
Isso não foi já provado? Tem assistido a grandes Mudanças na natureza humana?
Bom, julgo que se trata de algo que estamos prestes a decidir. Quer dizer, o coletivo a que chamamos Humanidade.
Estamos prestes a decidir- e a anunciar essa decisão pelos nossos pensamentos, palavras e ações – a verdade acerca de nós próprios e da nossa natureza.
Também estamos prestes a decidir se estamos preparados e dispostos a mudar o que efetivamente se tem provado como verdadeiro acerca da nossa natureza, devido à imaturidade da nossa espécie em épocas anteriores.
É esta escolha que se tornará na afirmação de amanhã: esta demonstração tornar-se- à no nosso novo manifesto.
Para mim é perfeitamente claro: não é possível seguir em frente e fazer avançar o nosso próprio processo evolutivo como espécie se assumirmos comportamentos do passado.
Os seres Humanos são mais do que observadores passivos no desenrolar da vida
É como proclamavamemoravelmente a personagem de banda desenhada Pogo, criada pelo falecido Walt Kelly: “Encontramos o inimigo, que somos”.
No entanto, se a maioria continuar a insistir que o que tem de mudar é imutável – que a natureza básica da nossa espécie é simplesmente aquilo que é e que não há como alterá-la – decerto estamos condenados.
Nada mais podemos fazer do que fugir a sete pés, armazenar mantimentos e escondermos-nos sobrevivendo o melhor possível enquanto o mundo se desmorona à nossa volta.
Por outro lado, se renunciarmos à doutrina da Impossibilidade, se rejeitarmos a nossão da nossa impotência, se abandonarmos o pensamento de que não temos controlo algum sobre o nosso comportamento devido à nossa natureza, abre se um NOVO FUTURO.
Vitimas ou Criadores
O primeiro passo é aceitar uma verdade ainda mais imponente acerca do papel que desempenhamos atualmente e que já desempenhámos.
Mesmo em relação às condições geofísicas e acontecimentos no nosso Planeta (sobre os quais, à primeira vista, podemos pensar que não exercemos qualquer controlo), temos de decidir que temos um papel de colaboração a desempenhar na forma como ocorrem e nos afetam.
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A calamidade japonesa de 2011 é um exemplo notável. Ainda que afirmemmos que não tivemos papel algum de longo alcance no terramoto e tsunami (uma posição que eu, pessoalmente, não estou preparado para aceitar), não há uma única pessoa entre nós que possa negar que a humanidade teve efetivamente um papel na catástrofe nuclear que se seguiu – e que pode desempenhar um papel crucial para que se evitem tais desastres no futuro.
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Há quem entenda tudo isto na perfeição….
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A 30 de Maio de 2011, a Alemanha anunciou a intenção deabandonar por completo o recurso à energia nuclear num prazo de 11 anos.
O Governo afirmou que oito das dezassete centrais nucleares, encerradas temporariamente, continuarão encerradas de forma permanente.
As nove restantes serão encerradas até 2022.
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Este é um exemplo flagrante de um mundo que está a despertar. Começamos a entender e a reconhecer o papel que nós próprios temos desempenhado na criação da tempestade antes da bonaça.
Começamos a tomar posição – não apenas a compreender, mas a tomar uma posição.