E assim começa a nona Conversa onde vamos aprender o que precisamos fazer para conseguir alcançar tudo o que desejamos até à data, mas que poucos conseguiram.
Lembra te que este artigo é um desafio que começou AQUI
Vamos lá dizer então alguns “disparates”.
Acabei de apresentar as Sete Perguntas básicase acredito que, colocadas na altura certa e no sitio certo, darão inicio a conversas que poderão mudar a nossa visão do mundo.
Se a maioria dos seres humanos disser “não”, pouco mais haverá para discutirmos.
Se a maior parte das pessoas acredita que atualmente, enquanto espécie, sabemos tudo o que precisamos de saber para criar as vidas que desejamos viver, então a procura de novas ferramentas para o futuro revelar-se-á inútil.
Podemos todos abandonar estas questões, continuar a viver as nossas vidas no momento presente, tentar obter tudo o que queremos, trabalhar para dar aos que amamos o que eles querem;
esperar o melhor para nós
para os nossos filhos
e para os filhos dos nossos filhos,
e deixar andar
No entanto, tenho uma proposta diferente a fazer.
Quero dizer-lhes que o truque não é tentar constantemente obter tudo o que queremos e dar aos outros o que eles querem.
O Truque é Mudar Aquilo Que Se Quer.
O truque é estabelecer um novo conjunto de prioridades para cada um de nós.
Ora, se isto não basta para iniciar uma conversa animada na sua casa e na sua comunidade, então nada resultará.
Pode começar a conversa dizendo:
– “O que achas que aconteceria se todos mudássemos aquilo que queremos?
O que quer dizer com “Mudar o que queremos”?
Quero dizer isso mesmo. Significa mudar aquilo que deseja para si e aquilo que quer dar aos seus entes queridos.
Não devíamos querer Paz, Segurança… O que é que tinha naquela lista?
Paz, segurança, prosperidade, felicidade e Amor.
Pois. Não é isso que devíamos desejar?
Não, porque se é isso que quer, estará sempre a tentar produzi-lo.
É lógico.
Bem, como diria o Dr. Phil, parece-lhe que está a resultar? Se aquilo que quer alcançar for algo diferente, e se produzir isso mesmo, então ao produzi-lo resultará nisto….
Perdão,… mas que raio está para ai a dizer?
Estou a dizer que andamos atrás das coisas erradas. A maior parte de nós esforça-se por produzir o que está errado. E é isto que não entendemos… e seria essa compreensão que permitiria mudar tudo.
Estou a dizer que tudo isto que todos nós afirmamos querer são coisas que podemos ter – mas não de forma fácil, não sem nos esforçarmos, não se continuarmos a tentar obtê-las da maneira como temos feito até hoje.
Estou a responder À pergunta:
– Como é possível que toda uma espécie deseje o mesmo e seja incapaz de o alcançar após milhares de anos a tentar?
Digo que é bem possível que não tenhamos conseguido obtê-los passados milhares de anos por termos tentado obtê-lo de uma forma que não resulta.
Então e como resultará?
A minha ideia para que resulte é não desejarmos aquilo que sempre desejámos.
Em vez de procurarmos e tentarmos criar paz, prosperidade, felicidade e tudo o resto, há que procurar e tentar criar algo muito mais abrangente…
E isso será o quê?
Um conhecimentoe uma vivência do EU verdadeiro, de quem realmente somos. Persiga isso e o resto virá por arrasto.
Já disse aqui umas quantas vezes que os humanos são Divinos. É aí que quer chegar?
Não posso dar-lhe conhecimento pessoal da sua própria e verdadeira identidade.
Sim, dei-lhe a minha resposta, mas a minha resposta não é importante; não é pertinente para si e é assim que deve ser. Para si, só a sua resposta deverá ser relevante.
O problema é que, no passado, muito de nós – a maioria – adotámos as respostas das outras pessoas como se fossem nossas.
No entanto, cada pessoa deve dar a resposta à questão que se adequa a si ou ao seu EU.
Embora saiba a minha resposta, aqui estou para que as pessoas se mostrem recetivas à questão. Porém quando as pessoas iniciam este questionário, incentivo-as a considerarem todas as Sete Perguntas Básicase não apenas esta, que as explorem uma após outra pela ordem indicada. Tal como eu fiz.
Muito bem, tenho de lhe perguntar… como nos vai dar as respostas? O que o faz pensar que as suas respostas estão certas?
(Espero que este monoconversólogo se tenha revelado um bom instrumento literário, dando-lhe a oportunidade de perceber como poderá reagir quando outras pessoas se dirigirem a si com o mesmo tipo de perguntas. Por exemplo, as perguntas acima são duas das perguntas que oiço mais frequentemente – e também poderá ouvi-las. Respondo sempre como abaixo)
Pois bem, não estou a dizer que as minhas respostas são “corretas”.
Estou só a perguntar:
– Concordamos todos que as respostas que nos deram no passado não resultam?
– Concordamos todos que pode ser benéfico procurar novas perguntas em conjunto?
Por isso esforcei-me por deixar claro que não existem respostas “certas” a estas questões.
As respostas para si são as respostas que dará. (Já agora, também poderá dar respostas diferentes em diferentes alturas da sua vida!)
No entanto acredito que se for o seu desejo avançarna sua própria Evolução, tem de apresentar algumas respostas. Eu darei algumas das minhas respostas à medida que vamos conversando.
Parece-me que ignoramos estas perguntas por nossa conta e risco.
O mundo tem-nos ignorado e corre perigo. Daí eu achar que esta discussão merece a pena.
Talvez mereça, mas o que o leva a julgar que pode assumir a Liderança? Não estou aqui a ser advogado do diabo, mas pergunto-me: de onde apareceu com tudo isto?
A questão não é tanto de onde vim, mas antes para onde vamos todos.
O nosso Planeta e os seus habitantes encontram-se num processo de evolução e esse processo está a acelerar.
Se não formos cautelosos, vai-nos levar precisamente para onde nos dirigimos desde há séculos.
“Apareci” com tudo isto fruto de um desejo genuíno de ajudar a Humanidade a evoluir, fazendo-nos avançar com a Conversa do Século.
Quero iniciar essa discussão, pois vejo pessoa aturdidas, que vivem como sonâmbulas.
Daqui a pouco convidá-lo-ei a dar uma vista de olhos ao passado partilhando consigo os elementos básicos da Antiga História Cultural. É importante atentarmos nisto.
Uma parte da Humanidade está a despertar e uma parte ainda maior está prestes a fazê-lo, por isso gostaria de ajudar nesse processo.
Julgo que são muitos os que gostariam de o fazer. Muitos estão a sentir este mesmo ímpeto: a vontade de ajudar.
Agora permita-me que repita que as ideias de que falo aqui não me pertencem, foram-me oferecidas nas Conversas com Deus. A verdade é que ajudaram enormemente.
Como poderia deixar de as transmitir a outros se afirmo que somos todos companheiros nesta viagem?
Tenho de lhe dizer que muitas outras pessoas ao longo da história da Humanidade alegaram que Deus lhes falou diretamente…
…Ou que, por uma outra razão qualquer, foi-lhes dada a liderança de todos nós.
Estava com esperança de que esta nossa conversa fosse diferente da que se ouve.
Mas é diferente. Acredite em mim, é diferente.
O que a torna diferente – completamente diferente – é que não alego que as ideias aqui apresentadas são as “melhores” ou as “únicas”capazes de resolver os problemas da Humanidade.
No entanto, temos de começar por algum lado e eu acho qu tem que ser algo novo.
O que vejo é que, ao tentarmos resolver os nossos problemas, partimos sempre do mesmo lugar, começamos as nossas reflexões precisamente no mesmo ponto:
O propósito do Movimento das Conversas é precisamente mudar esse facto. Não é avançar com as ideias “Para Acabar Com Tudo”, mas sim colocar perante a Humanidade as ideias “Para Tudo Começar”!
Daqui a cem anos, queremos olhar para trás e dizer que foi aqui que tudo começou, foi neste momento que finalmente mudámos a nossa abordagem, foi o tempo em que pessoas de todo o mundo disseram:
“BASTA! O que estamos a fazer não está a resultar! Tem de haver outra forma!”
Agora, o nosso dever, a nossa oportunidade, a nossa entusiasmante tarefa é apresentar ao mundo um conjunto de ideias a partir do qual poderá iniciar-se uma conversa completamente nova.
Vou propor algumas dessas ideias aqui mesmo, nas conversas deste livro.
Das 3000 páginas dos diálogos das Conversas com Deus, houve uma especifica que me saltou à vista.
Assim que a ouvi, soube que era Revolucionária. Foi aquilo a que chamo Ideia Que Vira Tudo Ao Contrário.
Se fosse adotada mudaria tudo, mesmo tudo por completo. Isto é que seria começar de novo.
Muito bem mordo o isco, Do que se trata?
Deus convidou – desafiou, para ser mais preciso:
Todos os pastores;
Padres;
Rabinos;
Teólogos árabes;
Todos os partidos políticos;
Chefes de estado
Diretores de empresas;
Todos os lideres de todas as áreas da vida a partilharem o Novo Evangelho do púlpito, de todos os pódios dos congressos dos partidos e de todas as secretárias das salas de aula.
Deus também previu que nenhuma dessas pessoas, nenhuma delas, o faria.
Nem um papa
Nem um presidente
Nem um primeiro-ministro,
Nem um Teólogo árabe
Nem um presidente de um partido político
e muito menos um professor….
Ninguém o faria pois é suposto, na sociedade atual, ensinarmos às crianças.
Não é suposto dizer aos nossos paroquianos.
E não é algo que nos passasse sequer pela cabeça colocar nos programas eleitorais dos partidos políticos.
Ora, por amor de Deus, do que se trata então para ser um Impedimento tão grande?
São duas simples frases, somente 21 palavras. Mas se essa mensagem fosse adotada pelo mundo, o mundo sofreria uma Magnifica alteração.
O novo Evangelho proposto nas Conversas com Deus é:
SOMOS TODOS UM SÓ. A NOSSA FORMA DE VIDA NÃO É A MELHOR, A NOSSA FORMA DE VIDA É SIMPLESMENTE DIFERENTE.
Certo. Muito bem.
Pois. Isso é Interessante.
Especialmente a última parte.
É uma ideia interessante.
Mas se as pessoas ou os partidos políticos não acreditam que têm uma forma melhor, para quê darmos-nos ao trabalho de lhes oferecer uma?
Será uma conta justa?
Se as pessoas sentem um convicção profunda, não devem expô-la?
É justíssima, essa pergunta.
Por isso deixe que responda dizendo que o problema de as pessoas falarem sobre essas convicções mais profundas não é o ato de falarem por si só, mas a mensagem implícita que nem sempre se consegue ocultar muito bem essas convicções – a mensagem de que têm toda a razão, que a forma delas é a melhor.
Quando coloquei a mesma questão que acabou de me colocar, sabe a resposta que obtive no diálogo das Conversas com Deus? Foi esta:
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“Só porque não podes ter uma religião “melhor” ou um “melhor” partido político, ou um “melhor” sistema económico, quer dizer que não podes ter nenhum?
Tens mesmo de saber que o teu quadro será “o melhor” quadro antes de pegares no pincel e nas tintas?
Não pode simplesmente ser outro quadro? Ou outra expressão de beleza?
Será que uma rosa tem de ser “melhor” que uma íris para justificar a sua existência?
Isto te digo: São todas flores no Jardim dos Deuses. Devemos revolver a terra do jardim só porque uma é mais bonita do que as outras?
Foi isso que fizeste. Depois, lamentaste-te:
‘Para onde é que foram as flores? ‘
Somos todos notas na Sinfonia Celestial. Devemos recusar tocar a música porque uma nota é mais importante que a outra?”
Mas aqui estamos a falar de resolver problemas. Isso é tudo muito poético, mas a verdade é que temos de implementar ideias e não somente falar sobre elas. Obviamente que gostaríamos de implementar a melhor ideia. Se acharmos que a nossa é a melhor, temos de ser capazes de o dizer, não é verdade?
Mas é claro. No entanto, dizer que “acha que é” é uma coisa, outra muito diferente é insistir nesse ponto. Será que me dá licença que traga aqui um pouco da sabedoria antiga?
O meu pai costumava dizer-me:
“Filho, duas cabeças pensam melhor do que uma”
Se as pessoas exprimissem as suas convicções mas admitissem que são necessariamente donas de todas as respostas ou das melhores soluções, dissessem que veem os mesmos problemas que todos nós, e se deixassem bem claro que estão realmente interessadas em encetar um diálogo para que se perceba se essa combinação de ideiaspode vir a produzir respostas espantosas, o resultado seria de grande utilidade.
Contudo, a situação muda de figura se as pessoas exprimem as suas convicções relevando-se convencidas de que aquilo em que Acreditam acerca de está, sem sombra de dúvida, absolutamente certo.
Além disso, se tratam as opiniões dos outros, não como diferentes, mas como inválidas – ou, pior ainda, perversas – então o caso não muda apenas de figura: estamos perante outro problema.
Criámos um problema ao resolver um problema.
É isso que está a acontecer presentemente. É a polarização de que falámos antes.
É normal no processo de conclusão de uma era, mas isso não significa que avancemos do mesmo modo.
Por isso o Novo e Evangelho mostra uma forma diferente de avançar.
O que aqui está a ser revelado nesta Conversa, é “outra forma” de fazer as coisas, “outra forma” de sermos humanos.
Não se trata de uma “forma única”, nem da “melhor forma”, trata-se apenas de “outra forma”.
Falo aqui de uma análise e não de uma declaração; é um convite e não uma proclamação;
Trata-se de uma reflexão e não de uma comunicação.
Existem mesmo dúvidas de que algum vez tenha resultado.
O que nos leva a perguntar: devemos persistir?
Reuni excelentes sugestões como alterarmos o modo de agir – são ideias que advieram de várias fontes ao longo dos anos – e registei-as na Segunda parte deste livro. Espero que as analisem comigo.
Mas antes julgo que é justo que responda às Sete Perguntas Básicas, tal como lhe peço a si que o faça.
Não é que as minhas respostas sejam mais importantes do que as de qualquer outra pessoa (e decerto que não são mais “exatas” nem “certas”), mas se lhe peço que entre no jogo tmbém tenho de entrar. Assim, seguem-se as minhas respostas
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PONTOS FULCRAIS:
A forma de a Humanidade fazer com que a vida resulte é muddar aquio que deseja.
Seria extremamente benéfico conhecer e vivenciar o seu eu genuíno.
Não resolvemos nada no mundo porque não mudamos nada no mundo, pela forma como pensamos em quem somos e sobre como deveriamos agir.
Existe um Novo Evangelho capaz de mudar tudo – basta adotá-lo.
A FAZER:
Muda aquilo que deseja da vida. Decida neste preciso momento que não se trata de segurança, estabilidade, felicidade, prosperidade ou amor. Decida, de imediato, que o que quer é conhecer-se e expressar-se como realmente é – recorde e adote o Novo Evangelho. Repita-os muitas vezes a outras pessoas… e convide-as a repeti-lo muitas vezes a ainda mais pessoas.
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E assim chegamos ao fim da nossa Conversa, incentivo-te a comentares e a participares nesta conversa.
Despertar o interesse é uma coisa. Mudar o mundo é outra. É disso que se trata. Fiquei consigo até aqui para que me dissesse: – “Agora saia e converse sobre Sete Perguntas básicas” É só isso? Esperava mais.
Não o censuro por pensar assim.
Não parece uma solução muito eficaz para os problemas prementes, pois não? Posso dizer-lhe uma coisa?
São as conversas, pequenas conversas, que dão inicio a grandes Revoluções.
E olhe que estamos a falar aqui da Conversa do Século.
Deixe-me aqui partilhar algo de Margaret J. Wheatley, autora de turning to One Another: Simple Conversations to Restore Hope to the Future (2002)
Trata-se de uma famosa consultora em comportamento organizacional.
Fez doutoramento na Universidade de Harvard, possui um mestrado em pensamento sistémico pela Universidade de Nova iorque e tem desenvolvido o seu trabalho em todos os continentes, em praticamente todo o tipo de organizações.
Por outras palavras, Meg sabe do que fala. Diz o seguinte:
– “Não há forma mais Poderosa de iniciar Mudanças sociais significativas do que iniciando uma conversa.”
Caramba. Nem que lhe pagasse teria conseguido uma afirmação que se adequasse melhor àquilo que estou a explicar.
Numa artigo de 2002 da Utne Reader, Weathley observou que: “a conversa genuína é uma forma intemporal e fiável para se pensar em conjunto.
Antes da existência de salas de aulas, reuniões ou grupos de apoio, havia pessoas que se juntavam para falar.
“Ainda para mais é algo que todos sabemos Fazer. E é algo que muitas pessoas estarão ansiosas por recuperar.
Estamos sedentos de conversas. As pessoas querem contar as suas histórias e conhecer as dos outros.
Estamos a despertar para uma prática antiga, uma forma de reunião que todos conhecemos profundamente.
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“A Mudança não acontece porque alguém anuncia o Plano.
A Mudança começa no interior de um sistema, quando algumas pessoas reparam em algo que já não toleram ou quando reagem ao sonho de alguém sobre o que é possível.
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Sabes que mais, fizemos isso nos anos 60. Nessa época, falávamos muito a sério. Pensávamos nos nossos filhos, estávamos preocupados com o Planeta, organizávamos ocupações, Fazíamos marchas de protesto, pensávamos com uma antecedência de Sete Gerações… e falávamos, falávamos, falávamos.
Mas, na verdade parece que temos retrocedido desde então.
Pelo menos nesse tempo podíamos Conversar.
Hoje, parece que há menos tolerância, menos aceitação, menos vontade de ouvir um ponto de vista contrário; mais terríveis divisões, mais discórdias.
A Geração da “Paz e do Amor” bem que tentou e onde é que isso nos levou?
Mais do que nunca, sem dúvida que hoje em dia existe uma polarização da sociedade. Mas é disso mesmo que estou a falar.
O que você fez nos anos 60 trouxe nos aqui.
Excelente, agora a culpa é minha.
Não é isso. Quero dizer que os louros são seus. Seus e de muitos outros da geração de 60 que ajudaram a concretizar o Fim de uma Era.
A polarização é o resultado natural de tudo isso. Trata-se do sinal de que uma era está mesmo a chegar ao fim.
O final, de era pode não ter acontecido com a rapidez que desejava há 40 anos, mas, acredite, esse foi o impulso que lançou a bola de neve pela encosta abaixo.
Agora, já é uma Avalanche.
As eras sempre chegaram ao fim com divisões mais acentuadas entre pontos de vista, entre as ideias de ontem e as esperanças de amanhã, pois é no final das eras que aqueles que não conseguem abandonar a Antiga História Cultural se sentem mais ameaçados, e se agarram com todas as forças .
Muitos dos que entre nós são um pouco mais velhos falam muitissimo nos anos 60.
Sentávamos-nos e falávamos pelos cotovelos, por vezes até o sol raiar.
E assim começou uma mudança de 50 anos na forma de pensar da Humanidade.
Fazer um barco dar uma volta de 180º é um processo demorado.
A Humanidade não podia tê-lo feito mais depressa visto não possuir as ferramentas de amplificação e a “fixação” que existe hoje em dia.
Não éramos capazes de fazer ouvir as nossas palavras nem de “fixá-las”.
Não tinhamos emails, nem SMS, nem tão pouco motores de busca.
Todo esse mecanismo das redes sociais foi usado em 2011 para amplificar e “fixar” conversas individuais, tendo resultado, como já referi, na mudança absoluta dos Governos de alguns países.
Essas poderosas e amplas ativações e mobilizações teriam sido completamente impossíveis nos anos…
As nossas pequenas conversas podem crescer; as conversas comunitárias podem globalizar se.
Além disso, temos ainda mais pessoas a quererem juntar-se.
Temos a juventude. Temos as pessoas nas casas dos 20, 30, e 40 anos. Ora, imagine-nos a todos a alinharmos nessa ação.
Imagine ainda que cada pessoa envolvida em grupos de discussão vai para casa, senta-se ao computador e partilha com a comunidade das redes sociais tudo o que acabou de ouvir e explorar.
De repente, uma conversa entre quantro ou seis pessoas pode tornar-se numa conversa entre quatrocentas ou seiscentas pessoas.
O que fizemos nos anos 60 foi um Bom Começo.
Foi o “começo do começo”.
No entanto, o que se está a passar agora é o Começo com Maiúsculas.
O objetivo do Movimento das Conversas passa por envolver 250 milhões de pessoas na Conversa do Século., num período de 3 a 4 anos.
Hoje em dia o Poder da Comunicação de massas foi aproveitado pelas próprias massas.
E é aí onde reside a diferença. Além disso também não tinhamos as Sete Perguntas Básicas.
Mas acha mesmo que um simples convite para conversar, mesmo nos dias de hoje e numa época de ligações electrónicas, podrá atrair 250 milhões de pessoas para um diálogo?
Se o facebook consegue atrair 500 milhões para falarem daquilo que tomaram ao pequeno almoço, metade desse número poderá certamente ser Motivada a falar de assuntos que realmente importam.
Tudo o que bastará para re-escrever a nossa História Cultural será alcançar a massa critica , nas energias em redor da ideia.
Temos de alcançar um determinado nível no número que esteja minimamente interessada na suas vidas e no Futuro da Humanidade para dispensarem tempo a Explorar aquilo em que todos acreditamos, para depois proporem aquilo em que poderemos acreditar que possa produzir resultados diferentes.
Impressionam me as palavras de Robert Kennedy:
“Se os tempos que atravessamos são dificeis e desconcertantes, também é verdade que nos apresentam desafios e são criadores de oportunidades”.
Não basta entender ou ver com clareza.
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“Há aqueles que olham para as coisas tal como são e perguntam: PorquÊ?
Eu sonho com coisas que nunca existiram e pergunto: Porque não?
As principais são as crenças de que existimos separados de Deus, de que existimos separados uns dos outros, de que nascemos separados uns dos outros, de que não “temos o suficiente” para sermos felizes, de que precisamos de competir uns com os outros para termos o suficiente, de que é necessário um grande crescimento da economia para produzirmos o suficiente e de que temos de fazer algo para “ganharmos” o direito de ocupar espaço no Planeta, de dizer o que pensamos, de ter o nosso quinhão, de dar a nossa oferenda – e, acima de tudo, de estar junto de Deus no Paraíso.
Tudo deriva daqueles dois primeiros pensamentos: que Deus existe separado de nós e que existimos separados uns dos outros…
(Tive esta conversa real num programa de rádio recentemente. Respondi como está abaixo).
Parece que eu e vocÊ temos uma visão diferente de quem e do que é Deus.
Certamente que sim.
Julga que Deus existe fora de si e eu digo que você é Deus – Deus e todos nós – Somos Um só.
Como assim? Como é que a Crença de que Deus é Grandioso, é bondoso, pode causar Infelicidade à Humanidade?
Peço perdão. Não queria dar a entender que Deus não é Grandioso nem bondoso.
Disse, simplesmente, que Deus não está separado de nós ou que não é “outro” diferente de nós.
Está a dizer-me que isto é o mais “grandioso” e o “melhor” que se pode esperar de Deus, é isso?
Deus não é alguém ” diferente” de nós, por isso NÓS somos “Deus” que devemos adorar?
Essa é forte.
É algo que não posso aceitar.
Acreditamos que os seres humanos poderiam sentir que são tão grandiosos e bondosos quanto Deus se ao menos parassem de dizer a si próprios que não é possível…
Não podemos ser tão grandiosos e bondosos quanto Deus. Não podemos e pronto. Isso é ser arrogante.
Sei que acredita nisso e respeito a opinião, mas pergunto me se não se tratará de uma questão de escala.
Não sei se estou a perceber. Agora perdi-me.
Bem, eu percebo que não podemos ser tão grandiosos quanto Deus, isso seria Impossível. Uma gota de água do oceano não é um Oceano.
Isso mesmo.
Mas é igual ao oceano, só que uma parte mais pequena.
Assim a gota e o oceano são a mesma coisa . E proporcionalmente ao seu tamanho, a gota pode ser tão grandiosa quanto o Oceano.
Mas permita que lhe faça uma pergunta.
Como julga que seria o mundo se “adorássemos” realmente outras pessoas como se fossem Deus? Acha que as guerras aumentariam ou diminuiriam?
Acha que teríamos mais discussões, mais luta, mais terror, mais violência, ou teríamos menos?
Não é isso que está em causa.
Ai, não é? Então o que é?
O que está em causa é que a forma de diminuir a violência e as guerras, e de conseguirmos um mundo melhor é escutar o que Deus diz e não tentarmos ser Deus. O problema da Humanidade é que é muito egocêntrica e não ao contrário!
Quer que andemos por ai a pensar que somos Deus?
Haja paciência.
Deixe-me tentar uma abordagem diferente. Sinto vontade de salientar que muitos seres humanos não são felizes. Na verdade, a maior parte não é feliz. Nisso estamos de acordo, certo?
Certo, nisso estamos de acordo. O mundo é uma confusão.
Assim sendo, vivemos numa sociedade cujos membros explodem de frustração e raiva para se defenderem, pois ficam desnorteados. Sentem que vivem num mundo que não para de atacar – ou, pelo menos, de impedi-los.
Impede os de terem o que querem.
A maior parte das pessoas não vê a Humanidade como contribuinte para a criação desse mundo.
O que podemos fazer nas conversas globais que aqui sugiro é falarmos continuamente de quem somos e da nossa capacidade de Recriar o mundo, bastando para tal aceitarmos a mais plena verdade sobre quem somos.
Se está para ai a referir-se que devíamos andar por ai a proclamar que somos ” Deus”, desculpe, mas não serei capaz. Consigo apoiar a tentativa de fazer do mundo um lugar melhor, mas não posso apoiar que andemos por aí a deizer disparates.
Agradeço a honestidade. Mas como George Bernard Shaw indicou:
“Todas as Grandes Verdades começam como Blasfémias”.
Bem sei que o que aqui está a ser dito (que somos todos Divinos) vai contra a noção da atual História Cultural, do nosso entendimento atual . Viola os nossos valores. Abana nos.
Chega até a causar irritação. No que me diz respeito, analiso sempre com atenção as ideias que me enfurecem.
A raiva é o primeiro sinal de que talvez estejas a deparar me com algo que não quero encarar; de que sou capaz de estar a enfrentar algo que desafia alguam das minhas ideias fundamentais.
Não acontece sempre, mas descobri que se verifica muitas vezes quando alguém diz algo ou propõe algo que me enfurece.
Por isso não viro costas a uma ideia que me deixa zangado.
Enfrento-a de peito aberto. Exploro-a
Talvez aja algo ali para mim. Talvez encontre algo que precise analisar com mais atenção.
Caso contrário, Que mal faz?
Se nada mais fiz para reafirmar a minha crença prévia e acreditarainda com mais fervor, não será isso positivo?
Por exemplo, gostaria de lembrar que parte do problema da humanidade nos dias que correm é o conjunto errado de prioridades que assumiu.
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PONTOS FULCRAIS:
Pequenas conversas dão inicio a grandes revoluções
A mudança começa quando algumas pessoas tomam consciência de algo que já não conseguem tolerar ou quando reagem ao sonho de alguém de que é possivel.
As opiniões vincadamente divergentes, tal como as que se veem maioritariamente no mundo de hoje, são sinais claros de que uma era está prestes a acabar.
A raiva é um bom indicador de que pode haver algo que tem de analisar com mais atenção.
A FAZER:
Faça uma lista das ultimas 5 opiniões, comentários ou ideias das quais se lembra de ter discordado veemente, Volte a analisá-los e veja se encontra algo importante que a Vida lhe esteja a tentar dizer.
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