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As crianças precisam de limites que as protejam

As crianças precisam de limites que as protejam

Preocupa te ou não o fato de ainda existirem tantas crianças Carentes e sem Limites?

 

A ideia deste artigo surgiu com o objectivo de partilhar contigo, informações que eu adquiri ao longo do meu curso de técnica de Ação Educativa que comecei a tirar em outubro de 2010 e teve a duração de três anos e que, de alguma forma, me ajudou imenso na sensibilização para a educação dos mais pequenos!

 

Tenho um interesse muito especial pelas crianças, e  tinha  começado a fazer voluntariado há cinco meses, num centro de acolhimento com crianças de risco de exclusão social.

 

Foi um desafio imenso,  complicado, muitas vezes frustrante, mas também muito gratificante, pois tentei partilhar com eles o que sei por experiência própria, fui uma menina muito rebelde e, em compensação, aprendi a ser mais paciente, tolerante e posso dizer com toda a certeza, elas não são delinquentes… São crianças carentes.

Estive lá durante 2 anos e foi maravilhoso saber que fiz a diferença na vida de muitos deles, e na minha também.

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Crianças que a única coisa que desejam é que alguém se importe com elas…

Eu e o "meu" menino revoltado
Eu e o “meu” menino revoltado

O Alexandre tinha 8 anos na altura, estava no centro de Acolhimento onde fiz voluntariado e foi ele quem me ajudou a escrever o texto mais abaixo. Eu ditava e ele escrevia.

Foi uma forma que encontrei de fazê-lo interiorizar e entender quais os direitos e deveres que deve cumprir para se tornar um cidadão do mundo e viver em harmonia.

Na altura, eu  ainda não era mãe e cheguei a pensar em adotar o ALex, mas ele não queria ser adotado por ninguém, afirmava sempre:

– Oh Sandra, mas eu já tenho mãe, e mesmo que me digam que ela já não me quer, eu já tenho mãe.

Ficava sem palavras, pois conseguia ver a Esperança nos olhos dele, que um dia ia estar com a mãe (até onde sei, ainda não aconteceu).

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Concordo plenamente com o filósofo grego Sócrates quando dizia:

“Educai as crianças para que mais tarde não tenhamos que punir os adultos”                                     

“ Não penses mal dos que procedem mal, pensa somente que estão equivocados”

 

O texto que se segue foi extraído do livro Limites sem trauma, de Tânia Zagury e apresentado pela nossa formadora Ana Ferreira no módulo “Para uma intervenção educativa de qualidade! Como?”   

educaçao

 

“DAR LIMITES É…

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Ensinar que os direitos são iguais para todos.

– Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo.

– Fazer a criança compreender que os seus direitos acabam onde  começam os direitos dos outros.

Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário.

Só dizer “não” às crianças quando houver uma razão concreta.

– Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não.

– Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam).

– Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar a sua vez de ser servida à mesa, amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que o chefe dê um parecer sobre a sua promoção).

Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata ou desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão).

– Evitar que a criança cresça a pensar que todos no mundo têm de satisfazer os seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrada, amarga ou pior, desequilibrada emocionalmente.

– Saber discernir entre o que é uma necessidade das crianças e o que é apenas desejo.

– Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descanso, falta de acompanhamento e supervisão às actividades e atitudes das crianças, dentro e fora de casa.

– Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente:  DAR O EXEMPLO!

– Quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver o seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios, ainda que a sociedade tenha tão poucos indivíduos que agem dessa forma.

A função de criar e educar uma criança requer muita responsabilidade de quem se dispõe a tal oficio.

Além disso, também exige muita dedicação, disciplina, sabedoria e, sobretudo, muito Amor.

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Amor é tudo o que precisam
Amor é tudo o que precisam, limites também, claro. hehehe

 

 

DAR LIMITES NÃO É…

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Bater nos filhos para que eles se comportem.

– Quando se fala em limites, muitas pessoas pensam que significa aprovação para dar palmadas, bater ou até espancar.

Fazer só o que o adulto, pai ou mãe, querem ou estão com vontade de fazer.

– Ser autoritário, dar ordens sem explicar porquê, agir de acordo apenas com o seu próprio interesse, da forma que lhe convém, mesmo que a cada dia a sua vontade seja inteiramente oposta à do outro dia, por exemplo.

Deixar de explicar o porquê das coisas, apenas impondo a “lei do mais forte”.

Gritar com as crianças para ser atendido.

Deixar de atender às necessidades reais (fome, sede, segurança, afecto, interesse) dos filhos, porque hoje está cansado.

– Invadir a privacidade a que todo o ser humano tem direito.

Provocar traumas emocionais, humilhações e desrespeito à criança.

– Todas as crianças têm capacidade de compreender  um “não” sem ficar com problemas, desde que, evidentemente, este “não” tenha razão de ser e não seja acompanhado de agressões físicas ou morais.

– O que provoca traumas e problemas emocionais é, em primeiro lugar, a falta de amor e carinho, seguido de injustiça

Bater nos filhos é uma forma comum de violência física, que em geral começa com a palmadinha…

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E Tu já bateste no teu filho? Eu já FUI a Favor da palmada na hora certa

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Quando o meu Mateus nasceu em 2012, tinha em mente que não iria usar o método que a minha mãe usou comigo, e com as minhas irmãs até à nossa Adolescência, muitos gritos sempre que me portava mal (quase sempre), tareias quando ela não conseguia que fizesse o que queria, e principalmente não podia dar a minha opinião, pois era usada a lei do mais forte, mas ainda assim eu dava a minha opinião gritando que não entendia porque ela não conversava e só gritava, ela respondia que era porque eu não obedecia e dava me um sanfanão na cabeça.

Cresci a responder e a ouvir:

– Tem sempre a resposta na ponta da lingua.

A minha mãe nunca me deu um abraço, nem tão pouco um miminho, nem um desculpa quando errou, quanto mais ela gritava comigo, mais Rebelde eu me tornava, dai ter crescido tão revoltada .

Não sei se sabes mas os crescidos também erram, e muitooooo…

O meu Mateus tem uma personalidade muito forte, e definida, como a maioria das crianças desta nova geração, e eu tento ao máximo falar com ele, e explicar lhe sempre o motivo quando não é possivel  fazer qualquer coisa,  nunca digo: “porque eu quero”, ou porque eu é que mando, detestava quando a minha mãe o fazia, só se ele fingir que não entende a explicação, o que faz algumas vezes… Rs

Já me fez duas ou três birras a testar todos os meus limites, que se não fosse o meu marido… aiaiai

Atenção que nunca espanquei o meu filho, eram palmadas no fofo, mas para doer, e gritava (às vezes ainda grito) para me fazer ouvir, o que sei que não surte efeito nenhum,  ficava com a consciência pesada mas não conseguia agir de outra forma, lembras te o que disse mais acima, cresci num meio assim durante anos… o EXEMPLO que via, mesmo não concordando, fazia com que tivesse estas atitudes.

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Comecei a controlar mais as palmadas (hoje raramente acontece), no dia em que o Mateus estava zangado com qualquer coisa e bateu com o boneco do homem aranha na cabeça da Mana Luana, e eu danada dei-lhe uma palmada e disse:

_ Não se bate na mana, nem em ninguém…

Aquilo caiu me muito mal, e percebi que a Educação que estava a dar não era a que devia,

Como é que se diz a uma criança que não se deve bater , batendo???

Faz me lembrar a pena de morte, como diz a minha sobrinha de 17 anos:

– Vais morrer, porque matas te?!?!? que grande porcaria de solução, diz ela e eu concordo plenamente

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Andava desesperada e a ponderar procurar ajuda especializada, pois tudo dava direito a palmada, quando fui ao hiper e encontrei o livro abaixo, do Pediatra espanhol, Dr Carlos Gonzalez, que Adoro, é diferente da maioria dos pediatras, além de me ter mudado a forma de pensar, passei a ser muito mais tolerante, no que posso ou não fazer com os meus filhotes, e deixei de dar tanta importância ao que “outros” dizem.

Este livro Ajudou me muito em muitas coisas. Recomendo
Este livro Ajudou me muito em muitas coisas. Recomendo

 

O meu filho anda mimado, sem Limites…

Mas eu Querooooo.
Mas eu Querooooo.

Sabes que as crianças apanham nos as manhas todas, certo? Sabem como fazer para que os seus desejos sejam atendidos, não é?

Ele percebeu que o papá João está cá para lhe servir, faz lhe as vontades todas, pois como trabalha e ainda treina os meninos no futebol, não tem muito tempo para estar com os filhos, e  acha que é satisfazendo todos os caprichos dos filhos que resolve a situação, sabemos que não é por ai, não é verdade?

Já lhe disse que isso só prejudica no crescimento dele, pois faz tantas Birras, quando alguém não lhe faz a vontade… Comigo não se safa, pois quando digo Não, raramente volto atrás, dou lhe uma explicação para o não, e depois muitos beijinhos e abraços e ele acalma se sempre.

Antidoto fenomenal, há quem diga que não se deve dar mimo quando se repreende, mas tem mesmo de ser na base do Amor incondicional, e o abracinho à urso, para que se acalmem, e percebam que apesar de gritarmos, os amamos como ninguém.

É muito inteligente como a coruja, porque tem uma mãe coruja…heheheh

Espero que tenhas gostado, e que te seja útil, gostava muito de ouvir a tua opinião, se tiveres vontade…deixa ficar o teu comentário abaixo deste artigo,

Estou aqui para te ajudar, no que precisares, juntos somos mais fortes

Muita Lua e amor na tua vida

Sandra Galão

Skype: sandra.galao

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